Em meio à maior crise política do Brasil desde o escândalo do
mensalão, a presidente Dilma Rousseff recorreu na noite deste domingo a um
pronunciamento em cadeia nacional de televisão para dizer o que muitos
brasileiros demonstraram não ter mais paciência para ouvir. Nas ruas dos
maiores Estados do país - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de
Brasília - e nas redes sociais, a população protestou enquanto a petista falava
na TV com 'buzinaço', críticas e gritos pedindo sua saída do cargo. Foi um "aperitivo"
do que o país deverá vivenciar no próximo dia 15 de março, quando estão
agendados protestos nas cinco regiões contra a presidente.
Com raras aparições desde
que foi reeleita na mais acirrada disputa presidencial desde a redemocratização
do país, Dilma usou uma data internacional - Dia da Mulher - para ir à TV. Mas,
como tem feito desde 2014, aproveitou para transformar o espaço num palanque
eleitoral fora de época e usar os 16 minutos na tela se defender do lamaçal de
denúncias que atinge o Palácio do Planalto, o PT e os partidos satélites da
coalizão governista, agravados com a chegada da crise do petrolão à classe
política
.